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Alexandrina Maria da Costa

SENTIMENTOS DA ALMA

ABRIL
1943

3 de Abril de 1943 – Primeiro sábado

— Minha filha, levanta os olhos ao Céu, tem coragem, Jesus te amparará. O fim aproxima-se. O combate será renhido. Minha filha, minha filha, se fosses amada por todo o mundo não te assemelhavas a Jesus. Restam-te alguns amigos firmes e fortes à semelhança do teu esposo Jesus. Alegra-te, amada! Que grande dita assemelhares-te a mim! Filhinha, filhinha, alegra-te, quantos e quantos depois da tua morte chorarão as suas culpas, as suas faltas. Quantos e quantos depois da tua morte desejariam falar-te, pedir-te perdão por te terem perseguido e combatido. Filhinha, filhinha, diz ao teu Paizinho que ainda na terra muitos lhe hão-de pedir perdão. Que a sua humildade há-de ser exaltada. Diz-lhe que todo este sofrimento lhe tem purificado o seu coração e a sua alma, que está mais pura do que o oiro. Diz-lhe que tinha que passar por todos estes vexames para que a causa de Jesus brilhe como eu quero que ela brilhe. Diz-lhe que eu o amo apaixonadamente e que o tenho coberto com o meu divino Amor. Ó minha amada querida, diz ao teu Paizinho que o lugar dele no Céu está reservado ao lado da Santíssima Trindade. Diz-lhe que toda esta luta na terra está a terminar. Confias, confias, minha filha?”

— Ó meu Jesus, como não hei-de confiar em vós? Vós não enganais! Quem confiou em Vós e ficou confundido? Sede a nossa força, Jesus, e terminai então tanto sofrimento.

— Inclina-te, inclina-te, minha bendita Mãe, beija e abraça a tua filhinha, minha esposa e minha crucificada.

— Mãezinha, vela por mim, vela pelo meu Paizinho, vela pelos que me são queridos. Entre Jesus e a Mãezinha estou bem, não corro perigo.

— “Filhinha, diz ao teu médico, afirma-lhe que ele vai ficar no Céu ao lado da sua esposa, rodeado de todos os seus filhos como de um coro de anjos; é o prémio da fidelidade dele à minha graça”.

— Jesus, Mãezinha, não vos separeis mais de mim!

— Não temas, não estás só. Tempo virá em que o mundo todo desejará pôr-se ao abrigo da tua graça, da tua pureza, do teu amor a Jesus.

— Ó Jesus, estou humilhada, sinto-me envergonhada aos Vossos divinos pés. Mas venha tudo o que Vós quiserdes e seja tudo como vós dizeis.

— Amada de Jesus, amada de Maria, amada da Santíssima Trindade, amada de toda a corte celeste.

— Ó Jesus, sou um trapo imundo onde todos limpam os pés; como podeis Vós dizer de mim coisas tão lindas?!... Muito obrigada, meu Amor.

24 de Abril de 1943

Depois de receber Nosso Senhor Sacramentado e de lhe fazer muitos pedidos, disse-lhe: Dais paz, dais paz, meu Jesus?

— Sim, minha filha, sim. Dou a paz não porque o mundo a mereça, mas porque tanto me pedes, minha louquinha, minha amada. Confia, confia!

   

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