Yolanda da Polónia
Princesa, Rainha e Santa
1235-1298

Yolanda, princesa da Polónia, nasceu em 1235. Era filha de Bela IV, rei da Hungria e de Maria Lascaris, da corte imperial grega. Teve como irmã outra princesa que também se tornou Santa, Cunegonda. Seu pai, homem de fé, era terceiro franciscano. Sua família estava enraizada na santidade da santa Edwige, e naquela dos reis Santo Estêvão e São Ladislau. Cola-teralmente era aparentada com santa Margarida, rainha da Suécia.

Ainda criança, Yolanda foi confiada a sua irmã Cunegunda, que se casara com o rei da Polónia, em tudo digno de sua esposa, por isso foi chamado Boleslau, o Casto. Yolanda crescendo no país adotivo de sua irmã também encontrou marido. Foi outro Boleslau, duque de Kalisz, chamado Boleslau, o Pie-doso. Assim, a filha do rei da Hungria, que cresceu na Boémia e casada com um nobre polonês, foi con-siderada e amada ali como em sua própria terra natal.

O reinado de Yolanda e de Boleslau, não durou mui-to. O marido de Yolanda morreu poucos anos após o casamento. O casal teve três filhas duas das quais casaram. Quanto à terceira, assim como Yolanda, aptaram pela vida religiosa, e entraram as duas no convento das Clarissas de Sandeck. Naquele modesto convento vivia já sua irmã, a rainha viúva Cunegun-da, fundadora do dito convento. O silêncio do claus-tro escondeu assim, por muitos anos, as virtudes das três mulheres excepcionais pelo nascimento e pela vocação.

Cunegunda morreu em 1292. Yolanda, para escapar às incursões dos bárbaros, deixou o mosteiro e foi para outro mais a oeste, o convento das Clarissas de Gniezno. Era um convento fundado por Boleslau, seu marido, que nunca pensou que mais tarde sua esposa iria esconder-se entre as filhas de Santa Clara sob o hábito franciscano. Apesar de ser a superiora, actuava como se fosse a menor de todas: praticando intensamente as virtudes cristãs e religiosas, especialmente a humildade, a oração e a meditação sobre a Paixão de Cristo. Diz-se que até tinha revelações e aparições de Jesus crucificado.

Soube conduzir suas irmãs na vivência da regra e levá-las à prática das mais heróicas virtudes, precedendo-as na prática da penitência e da contemplação com uma generosidade constante que foi alimentada pela meditação diária sobre a Paixão de Cristo. O Esposo celestial recompensou-a aparecendo-lhe várias e embriagando-a nas delícias do Seu amor. A solidão não a impediu de lidar com os pobres, aos quais alegremente dava comida e ofertas generosas.

Em 1298, adoeceu gravemente, e predisse a hora da sua morte. Enquanto suas irmãs choravam ao redor de seu leito de doente, ela as exortava à fidelidade na observância da regra e perseverança no desprezo das coisas terrenas. Então ele falou-lhes da grande recompensa que a esperava no céu. Fortalecida com os últimos sacramentos, docemente adormeceu no Senhor. Era o dia 11 de Junho de 1298. Yolanda tinha 63 anos de idade.

O seu culto foi aprovado pela Papa Leão XIII em 26 de Setembro de 1827.

 

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