VILFRIDO DE YORK
Monge, Bispo, Santo
(c.634-709)

12

OUTUBRO

Vilfrido nasceu em Ripon (Northumbria), e desde criança foi educado no mosteiro de Lindisfarne, de acordo com os usos celtas; foi depois para outro mosteiro para adoptar a observância romana. Após uma breve estadia em Canterbury, foi para Lyon, onde o bispo, Delfim, lhe ofereceu sua sobrinha em casamento, mas ele recusou porque tinha tomado a decisão de se entregar a Deus. Fez uma peregrinação a Roma, onde viveu de 653 a 657 e onde o papa São Martinho I o abençoou. Ali estudou as Escrituras e o direito eclesiástico com São Bonifácio. Voltou para Lyon, onde recebeu a tonsura das mãos Defim. Após a morte deste, escapou ele mesmo à morte por um estrangeiro, e voltou à pátria.

Quando voltava para Northumbria entrou em conflito com as igrejas de costumes celtas, promovidas por São Aidan e pelos monges de Lindisfarne, incluindo o Bispo de York, Colman. Com a ajuda do rei Alcfrid fundou a abadia de Ripon, onde introduziu o rito romano e a Regra de São Bento e se tornou o primeiro abade.

Em 633, foi ordenado sacerdote. Em 664, foi ordenado bispo de Compiègne e teve um papel muito importante no Concílio de Whitby, onde o rito romano foi adoptado pela Inglaterra. O resto de sua vida foi dedicado a viagens contínuas.

Foi depois nomeado bispo de York e em seguida expulso da sua sede pelo arcebispo de Canterbury, mas o Papa Agathon, confirmou-o na sua sede, depois dele ter apelado a Roma (o primeiro caso na história inglesa). Durante o ínterim, antes de chegar a Roma, parou em Friesland onde evangelizou os habitantes. De regresso York, o rei mandou-o prender mas depois libertou-o na condição de abandonar a sua sede. Vilfrido partiu então para Sussex, ainda pagão, e para a ilha de Wight. Nesta região fundou a abadia Sesley.

De 686 a 691 regressou à sua sede, mas foi novamente expulso pelo rei, o que o obrigou a exilar-se em Mercia, onde prosseguiu o seu labor de evangelização e fundou vários mosteiros.

Em 703 o sínodo de Austerfield impôs-lhe a renúncia à diocese de York, o que obrigou Vilfrido a recorrer novamente ao Papa que lhe deu razão, mas foi de novo exilado durante dois anos até que se chegou a um compromisso em 705, no sínodo de River Nidd, que lhe entregou a diocese de Hexham. Ali desenvolveu um trabalho apostólico considerável, convertendo numerosos pagãos, fundando igrejas e dando o maior esplendor possível ao culto litúrgico.

Vilfrido aparece como o lutador para a unidade com Roma, contra as particularidades raciais, de tradição, que apresentavam os monges escoceses.

Antes de morrer fez uma última peregrinação a Roma.

Morreu em Oundle a 12 de Outubro, e o dia 24 de Abril se converteu em dia festivo, por ser o dia da transladação das suas relíquias.

Afonso Rocha

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