Entre
os missionários pioneiros que se empenharam em propagar o
cristianismo no Extremo Oriente no começo do século XIV estava o
franciscano Tomás de Tolentino, cuja memória é ainda venerada pelos
fiéis da Índia, o país onde ele recebeu a coroa do martírio.
Por
volta de 1260 Tomas nasceu em Tolentino, cidade da região italiana
de Marche, cujo nome está ligado aos santos sendo também o local de
nascimento do famoso agostiniano São Nicolau de Tolentino.
Com 17
anos entra na Ordem Franciscana e começou a ser conhecido como um
homem verdadeiramente apostólico, e quando o soberano da Arménia
enviou mensageiros ao ministro geral dos minoritas, pedindo-lhes
alguns sacerdotes para fortalecer a verdadeira religião em seu
reino, Tomás foi escolhido para essa missão com mais quatro de seus
irmãos de Ordem.
Seus
trabalhos foram coroados de êxito, reconciliando muitos cismáticos e
convertendo muitos infiéis. Entretanto, achando-se a Arménia
seriamente ameaçada pelos sarracenos, Tomás voltou à Europa, para
solicitar ajuda junto ao Papa Nicolau IV e aos reis da Inglaterra e
França.
Embora
voltasse à Arménia, como estava determinado, contudo, Tomás estendeu
sua viagem até o interior da Pérsia. De novo foi chamado de volta ou
enviado à Itália, desta vez, porém, com a finalidade de apresentar
um informe ao Papa Clemente V, com vistas a estender sua actividade
até à Tartária e à China. Sua embaixada resultou na nomeação de uma
hierarquia eclesiástica que consistia em João de Montecorvino como
arcebispo e legado papal para o Oriente, e sete franciscanos como
seus sufragâneos.
Nesse
meio tempo, o Beato Tomás voltara ao seu campo de trabalho, cheio de
zelo pela conversão da índia e da China. Parece que se dirigiu ao
Ceilão e Catai, mas ventos contrários empurraram o navio para a ilha
Salsete, vizinha a Bombaim. Aqui, então, na cidade de Thana, será
onde Beato Tomás de Tolentino e seus irmãos encontrarão a morte, por
terem proclamado abertamente sua fé cristã diante do juiz muçulmano
da cidade.
Os
nossos quatro frades foram chamados ao tribunal como testemunhas em
uma briga de família que tinham assistido. Convidados pelo juiz e
pelos muçulmanos presentes a apresentarem a sua fé, nossos
missionários disseram sem rodeios sobre a divindade de Jesus Cristo,
o Salvador dos homens, e declararam Maomé filho da perdição,
condenado a queimar no inferno, um lugar que iria acompanhar todos
os seus seguidores.
Obviamente essas respostas exasperaram seus interlocutores, que
imediatamente os condenaram à morte por suas declarações.
Tomás e
seus três irmãos, foram encarcerados. Depois de açoitados e expostos
aos raios abrasadores do sol, os santos homens foram decapitados.
O Beato
Odorico de Pordenone recuperou depois o seu corpo e o trasladou para
Xaitou. O seu culto foi aprovado em 1894.
Fonte: http://coisasdesantos.blogspot.com/ |