«ALEXANDRINA, QUERO APRENDER CONTIGO!»
(12)

Abril 2007

 

 ALEXANDRINA E A EUCARISTIA

Ouçamos Jesus!

Jesus diz:

Longe do Céu, longe de Jesus está todo aquele que está longe do sacrário.

Eu quero almas, muitas almas verdadeiramente eucarísticas.

O sacrário, o sacrário, oh, se fosse bem compreendido o sacrário!

O sacrário é a vida, o sacrário é o amor, o sacrário é a alegria e a paz.

O sacrário é lugar de dor, é lugar de afronta e lugar de sofrimento:

O sacrário é desprezado.

O Jesus do sacrário não é compreendido! S (11-09-53)

Ouvi-O dizer-me:

Minha filha, minha filha, luz e estrela eucarística, (...)

Escolhi-te como vítima para tu continuasses a minha obra de redenção.

Pus no teu coração o amor, o amor louco pela Eucaristia.

É graças a ti, é à luz de este fogo que tu deixaste acender que muitas almas, guiadas por esta estrela escolhida por mim, transportadas do teu exemplo, se transformarão em almas ardentes, em almas verdadeiramente eucarísticas.

Pobre mundo, sem a Eucaristia! Pobre mundo, sem as minhas vítimas, sem hóstias imoladas comigo continuamente!

Eu quero, minha filha, diz que eu quero um mundo novo, de pureza, um mundo todo eucarístico. S (05-01-52)

Comunhão espiritual

Não deixava dia nenhum de rezar a estação ao Santíssimo Sacramento, meditada, quer fosse na igreja quer em casa, até pelos caminhos, fazendo sempre a comunhão espiritual assim:

«Ó meu Jesus, vinde ao meu pobre coração! (…) Uni-me a Vós! (…) Não quero outro bem senão a Vós! (…)

 Dou-vos graças, Eterno Pai, por me haverdes deixado a Jesus no Santíssimo Sacramento. Dou-Vos graças, meu Jesus, e por último peço-Vos a Vossa santa bênção!

Seja louvado em cada momento o Santíssimo e Diviníssimo Sacramento da Eucaristia!» A (p.8)

Estou sempre a fazer-Lhe companhia e dúzias e dúzias de vezes a recebê-Lo espiritualmente; no decorrer das horas, quantas vezes O recebo!

A minha loucura de amor é a Eucaristia. C (01.10.40)

Ó meu querido Jesus, eu me uno em espírito, neste momento e desde este momento para sempre, a todas as santas Hóstias da terra, em cada lugar onde habitais sacramentado. Aí quero passar todos os momentos da minha vida, constantemente, de dia e de noite, alegre ou triste, só ou acompanhada, sempre a consolar-Vos, a amar-Vos, a louvar-Vos e a glorificar-Vos. A (p.30)

Jesus diz-lhe:

Diz às almas que Me amam que vivam unidas a Mim durante o seu trabalho.

Nas suas casas, seja de dia seja de noite, ajoelhem-se muitas vezes em espírito e de cabeça inclinada digam:

“Jesus,

Eu Vos adoro em todo o lugar onde habitais sacramentado;
Faço-Vos companhia pelos que Vos desprezam,
Amo-vos pelos que não Vos não amam;
Desagravo-Vos pelos que Vos ofendem.
Jesus, vinde ao meu coração!”

Estes momentos serão para Mim de grande alegria e consolação.

Que crimes se cometem contra Mim na Eucaristia! S (02-10-48)

À espera do Suspirado

Muitas vezes Alexandrina tem a graça de um sacerdote que lhe celebra a S. Missa no quarto:

Começou a S. Missa. Tive força para resistir todo o tempo sem estar na cama. Parecia-me estar toda imersa em Jesus e contemplava com alegria as sagradas Hóstias que estavam no altar. Que alegria: uma delas iria ser alimento da minha alma! C (30-05-41)

Que grande graça! Ele descer do Céu à Terra por meu amor!

No momento de recebê-Lo, senti impulsos de me lançar à sagrada Hóstia, abraçá-la, devorá-la. C (31-10-41)

Ao celebrar-se o santo Sacrifício da Missa já a minha alma experimentava paz, suavidade, doçura.

Oferecia-me a Jesus, pelas mãos da Mãezinha, para ser imolada com Ele. C (30-10-40)

À elevação senti impulsos de me levantar e voar a Jesus-Hóstia.

Venci-me e esperei o momento de Ele vir a mim. (...) C (30-10-40)

Esta manhã, quando me preparava para receber o meu Jesus, sentia na minha alma um vazio tão grande que nem o mundo inteiro seria capaz de me encher. Tinha fome: queria encher-me.

Mas a minha fome não era do pão nem de coisas da Terra: o coração ansiava e suspirava por Jesus. S (07-02-48)

Esta manhã tinha feita a minha preparação para receber Jesus, e chegou o meu pároco.

Colocando o Suspirado da minha alma sobre a mesa, depois de acender as velas, disse-me:

- Aqui tens Nosso Senhor a fazer-te companhia um bocadinho. Vem aí o Sr. Pe. Humberto e dá-to (o Pe. Leopoldino tinha urgência em partir).

Logo que ele se retirou, uma força vinda não sei donde obrigou-me a levantar-me (estava paralisada, mas, quando revivia a Paixão com uma mímica expressiva, descia da cama e conseguia fazer os vários movimentos. Porém, desde 42 revivia a Paixão em forma toda íntima, dolorosíssima, mas sem se levantar da cama. Estamos em 44).

Ajoelhei-me à frente de Jesus, inclinei-me sobre Ele: o meu rosto e o meu coração nunca tinham estado tão pertinho dele.

Que felicidade a minha! Gozar tão de perto da minha loucura!  

Segredei-Lhe muitas coisas minhas, de todos os que me eram meus queridos e do mundo inteiro.

Sentia-me arder naquelas chamas divinas. Jesus falou-me também:

- Ama, ama, ama, minha filha! Não tenhas outra preocupação a não ser a de amar-Me e dar-Me almas. Onde está Deus está tudo: há o triunfo, há a vitória.

Pedi aos anjos para virem louvar e cantar Jesus comigo[1] e cantei sempre, até que fui obrigada pelo senhor Padre a ir para a minha cama.

Presa e abrasada no amor divino, comunguei. S (12-10-44)


[1]  Num relatório enviado ao Dr. Azevedo, o Pe.  Humberto diz que a Alexandrina cantou, certamente entre outras, aquela quadra ao Santíssimo que diz:

Ó Anjos, cantai comigo,
Ó Anjos, cantai sem fim:
Dar graças eu não consigo;
Ó Anjos, dai-as por mim!

Nota do tradutor.

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