Nascido
em Villanova de Pordenone, Odorico foi um tipo de Marco Pólo, de
hábito, viajando em benefício das almas. Antes de pedir permissão
para ir ao Oriente como missionário, havia levado uma vida
eremítica. Humilde e penitente, foi rigoroso e silencioso. Vestia
uma túnica marrom, caminhava descalço e se alimentava de pão e água,
preparado para a sua missão.
Sua
viagem foi difícil e longa, durando 33 anos. Chegou na Arménia,
atravessando a Pérsia e em Ormuz embarcou novamente para chegar na
Índia. Ali conheceu as relíquias de quatro franciscanos
martirizados. Finalmente chegou a Zaiton, no sul da China. Nesse
lugar, Frei Odorico sentiu-se em casa. Fazia quase um século que os
Irmãos Menores não tinham ido ao Oriente.
Odorico
realizou mais de vinte mil baptizados, porém, o velho arcebispo quis
que o frade regressasse à Itália para contar ao Papa a situação do
Oriente e para pedir novos missionários para a extensa diocese.
Odorico se pôs a caminho por terra e em dois anos estava de regresso
a Veneza, indo de imediato ao Papa em Avinhão, mas em Pisa ficou
gravemente doente.
No
Convento de Pádua, falou ao seu confrade a respeito da sua viagem e
as actividades dos missionários franciscanos no Extremo Oriente, que
deveria ser explicado ao Papa. Odorico veio a falecer no Convento de
Udine, em 14 de Janeiro de 1331, com 66 anos de idade. Outros
franciscanos missionários partiram para Kambalik para prosseguir a
obra apostólica iniciada e desenvolvida pelos invictos pioneiros do
Evangelho.
Seu
culto foi aprovado por Bento XIV em 2 de Julho de 1775.
Fonte:
“Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola. |