SERÁ VERDADE QUE EU TU AMO ?
Meu
Senhor e meu Deus,
Quando
aqui venho fazer-te companhia, gosto de te sentir aqui presente,
sentir o calor do teu imenso amor para comigo, que sou tão pecador!
Hoje,
vou fazer apelo à tua paciência e falar-te de mim, daquilo que sinto
neste momento…
Sinto o
meu coração vazio, duro como a mais dura pedra, árido como o mais
extenso deserto e tenho mesmo a impressão que não sinto estas
palavras que te digo. Daí uma pergunta surge: Será verdade que eu te
amo? Será verdade que o meu coração mesmo assim tão seco possa
sentir algum amor?
Ouvi
dizer que quando assim nos sentimos é quando mais trabalhas em nós.
Será verdade?
Como a
beata Alexandrina, tenho vontade de dizer-te: “eu não sei como te
amo, não sei quanto te amo, mas sei que quero amar-te”. Será
isto suficiente para te amar verdadeiramente?
Meu
Jesus que estás aí escondido sob as espécies do pão, esse pão que
foi consagrado e que te contém tão real e perfeitamente como estás
no Céu, eu acredito na tua divina presença e reconheço humildemente
que sou pecador, talvez o maior pecador, mas desejo sentir em meu
coração o teu divino amor, desejo de todo o meu ser arder de amor
por ti, mas a minha miséria, o meu nada, são obstáculos a essa graça
que tanto suspiro, para alimento da minha alma… eu nada sou, nada
sei fazer e nada sei dizer…
Ensina-me, Senhor a amar-te como tu o desejas, a adorar-te em
“espírito e verdade”, como o pediste a cada um de nós, porque a
minha miséria me impede de o fazer e, que sem a tua ajuda, nada
posso de mim mesmo.
Senhor,
tem piedade do pobre pecador que sou e envia o teu Santo Espírito,
para que sob a sua acção luminosa eu possa dizer-te sempre e
senti-lo verdadeiramente:
— Senhor Jesus, eu amo-te e só a ti pertenço!
E, para
terminar estes momentos aqui na tua presença, deixa que, depois de
falar eu, eu possa ouvir os teus conselhos tão cheios de amor e de
misericórdia.
Não
quero ir embora sem te agradecer por mais este dia de vida, por
todas as graças que sobre mim derramaste e continuas a derramar, por
todos aqueles e aquelas que colocaste no meu caminho e que são faros
luminosos indicando a via que conduz até ao teu seio.
Mais
uma coisa ainda, meu Jesus — obrigado por seres tão
paciente! — quero pedir à Virgem Maria, tua Bendita Mãe e nossa Mãe,
que seja ela a pegar na minha mão e a conduzir-me pelo caminho,
algumas vezes íngreme, que me levará até à bem-aventurança eterna,
onde te verei enfim, face a face.
— Ó
Maria, Mãe da Eucaristia, ajuda-me a amar o teu bendito filho e a
fazer em tudo a sua divina vontade. |