VAI E NÃO TORNES A PECAR

Ó meu Senhor e meu Deus, como esta página do Evangelho interpela a minha alma!

«Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.» (Jo. 8:3)

Aqui na tua divina presença, quero confessar que também eu sou pecadora, que também eu preciso da tua Misericórdia…

À minha volta, tantos “fariseus” me acusam de todos os males, todos eles me julgam e com palavras duras e cortantes, me querem também “apedrejar”…

Tu estás aí no Sacrário dia e noite e tudo conheces das nossas almas, porque és Deus, por isso mesmo conheces o meu pecado e todas as minhas misérias e, se tu não me julgas nem me condenas, porque o fazem os meus irmãos?

Diz-lhes, Senhor, diz-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.» (Jo. 8:7)

Jesus, que és “manso e humilde de Coração”, o teu amor e a tua misericórdia são infinitamente maiores dos que as minhas misérias, e eu o sei, por isso mesmo, humildemente te peço: perdoa-me e, durante este tempo que aqui quero passar a fazer-te companhia – e para todo o sempre – concede-me a graça do teu perdão, dizendo-me como disseste à mulher adúltera: «Vai e não tornes a pecar.» (Jo. 8:11) E eu irei tranquila, prometendo que, com o auxílio da tua divina graça, não voltarei a ofender-te.

É verdade, meu Deus, que quando olho para dentro de mim, sinto horror, por seres tu tão bom e amável para comigo e eu tão dura e cruel para contigo: a cada instante caio no lodo do pecado e esqueço as minhas promessas mais rapidamente do que o tempo que consagrei a tas fazer… Serei eu incorrigível? Terei eu um coração tão duro que não seja capaz de ter compaixão da tua dor ao ver os meus pecados?

Meu bom Jesus, como outrora, senta-te ao meu lado e ensina-me (Jo. 8:2), mas lembra-te que tenho a cabeça dura, por isso mesmo, sê paciente…

Escreve no meu coração, em letras de fogo, não os meus pecados, mas o teu perdão, não as minhas ingratidões que são numerosas, mas a tua misericórdia que não tem limites.

Diz-me Senhor as mesmas palavras que disseste àquela mulher: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? (…) Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.» (Jo. 8:10-11) E, alegre, de coração ligeiro, mas cheio do teu amor eu te direi: «Agora, Senhor, deixa tua servo ir em paz, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a tua salvação.» (Lc. 2:29-30)

E ainda, como a tua bendita Mãe: «Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque realizou em mim maravilhas, Santo é o seu Nome» (Lc. 1:46-47 e 49)

Senhor, agora que vou voltar ao meu lar, abençoa-me e permita que para todo o sempre, onde quer que me encontre, eu continue a te fazer companhia e a louvar o teu Nome três vezes Santo.

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