A EUCARISTIA E A FAMILIA
“Não
vos deixarei órfãos”(Jo.14,18)
A
Imitação de Cristo (L.II. cap.VIII) diz: “Quando Jesus está
presente, tudo é bom e nada é difícil; mas quando está ausente, tudo
se torna complicado”.
Que
seria de nós se o Salvador se tivesse contentado em viver connosco
somente durante a sua vida mortal?
Isto já
teria sido, sem dúvida, uma grande misericórdia e teria bastado para
que merecêssemos a salvação e a vida eterna; mas não impediria que
fôssemos os mais desgraçados dos homens. É possível que seja assim –
alguém diria – contando com a graça, a palavra de Jesus, seus
exemplos e as provas excessiva de amor? Sim; com tudo isso seríamos
os mais infelizes dos homens.
Contemplemos uma família reunida ao redor de seu carinhoso pai, é
uma família feliz. Mas se lhes fosse arrebatado o chefe, as lágrimas
ocupariam o lugar da alegria e da felicidade; faltando o pai já não
existe família.
Agora
vejamos, Jesus veio ao mundo para fundar uma família: “Teus filhos
em torno à tua mesa serão como brotos de oliveira” (Sal.127,3). Se o
nosso Chefe desaparece a família ter-se-á dispersado.
Sem
nosso Senhor Jesus Cristo, nós ficaríamos como os apóstolos durante
a paixão, errantes e sem saber que seria deles, e isso que estavam
perto de Jesus Cristo, e Dele haviam recebido tudo: haviam visto os
seus milagres, eram testemunhas recentes de sua vida, mas lhes
faltava o pai e eles já não constituíam uma família, nem eram irmãos
entre si, apenas andavam ao lado de Jesus.
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