“CREIO, SENHOR!”
Jesus é o primeiro a garantir-me a Sua presença no Sacrário; e
as Suas palavras são tão sublimes, singulares, peremptórias, que
só podem ter sido pronunciadas por Quem é a Verdade e a
Omnipotência. Um louco não teria podido exprimir-se como
Ele: por mais desequilibrado que fosse, ele só poderia fazer uso
dos elementos do seu delírio, apenas daquilo que se costuma
pensar e dizer no mundo. Mas no mundo, quem alguma vez teria
podido imaginar o oferecer carne e sangue do seu próprio corpo,
a fim de conquistar para os outros a vida eterna? E
assegurar-lhe a ressurreição?
Em
Cafarnaum, alguns ouviram as Suas palavras com horror, e
muito dos Seus próprios discípulos chegaram mesmo a abandoná-Lo,
absolutamente desiludidos por um Mestre que já não compreendiam.
Mas
Jesus insiste, fala a sério, e as Suas respostas a tantas
insistências dos presentes fazem-se ou dão-se de forma a cada
vez mais deixarem os Seus ouvintes apavorados: Ele não hesita em
apresentar-Se a Si e à Sua missão, como ninguém alguma vez o
poderia ter imaginado. As Suas afirmações, de fato, instam ou
avançam num crescendo que faz cada vez mais entrever a mais
oculta verdade do seu mistério.
Mons. Athanasius Schneider: “Eucaristia ou nada”. |