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MEDITAÇÕES

 

A Ceia do Senhor

Este texto tirado dos escritos da Beata Alexandrina Maria da Costa já foi diversas vezes publicado nos meios sociais de comunicação, mas nunca é demais lembrar uma “mensagem” desta importância e que diz respeito a muitos, no mundo actual.

Também devemos lembrar que este texto foi escrito quase vinte anos antes do Concílio do Vaticano II, o que lhe confere, sem qualquer dúvida, um carácter profético, quase escatológico.

Ninguém poderá manter-se indiferente ao que para nós deixou a “Doentinha de Balasar”, nesta profecia sobre o estado (actual) da nossa querida Mãe, a Igreja de Jesus Cristo.

Este texto não só se lê, mas sobretudo medita-se, saboreia-se com carinho e partilha-se, porque é uma verdade visível: basta saber olhar com realismo para o mundo de hoje e como todos, mesmo aqueles que se dizem cristãos, vivemos sem prestarmos a devida atenção ao que se passa à volta de nós.

«De manhã cedo, principiei a sentir que Jesus chorava dentro em mim. Eu era a cidade de Jerusalém e era Jesus. Eu era o amor e a ingratidão. Do meu coração saíam para a cidade os mais doces e ternos olhares; eram olhares de chamamento, olhares de compaixão. Mas oh! o que eu via sair dali, que revolta contra mim. Ao cair da tarde, senti-me então reunida com os amigos. Ó meu Deus, o que se passou, que quadros tão diferentes. Eu era Jesus e contra o meu coração sentia inclinar-se alguém e eu era esse alguém. Eu era a mesa, eu era o pão e o vinho; eu era o cálice onde ele era deitado; eu era as taças onde se serviam os alimentos; eu era Judas, era tudo. Eu era a doçura e mansidão de Jesus; era o desespero e traição de Judas. Que noite, que santa noite, a maior de todas as noites, a noite do maior milagre, do maior amor de Jesus. O Seu Divino Coração estava preso àqueles que Lhe eram tão queridos. Para poder partir, tinha de ficar entre eles, para subir ao céu, tinha de ficar na terra; assim o obrigava o Seu amor divino. Sinto necessidade de esclarecer todas estas cenas, mas não posso, não sei. O olhar esgazeado do mau discípulo ficou gravado em meu coração e todo aquele silêncio profundo de saudosas despedidas. A amargura da minha alma não podia subir mais alto. E, para afirmar mais esta amargura, vieram os sofrimentos da terra causados. Juntei a dor ao sacrifício e quantas vezes em espírito, com os olhos fitos no céu, ofereci ao trono divino o cálice da minha amargura». (Sentimentos da alma, 8 de Março de 1945).

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