Maria
Karlowska é uma polaca nascida em 1865 no seio de uma família muito
religiosa e numerosa — ela era a décima primeira do casal — nos
territórios ocupados pela Prússia (Pomerânea)
Ficou
órfã de seus pais quando tinha 17 anos, viajando pouco depois para
Berlim no intuito de ali aprender o
ofício
de costureira. Naquela idade ela ainda não pensava tornar-se
religiosa: ela precisa de trabalhar para ajudar seus irmãos e irmãs.
Voltando para a terra natal, ali exerceu uma acção caridosa
tornando-se uma verdadeira samaritana no meio das mulheres tocadas
pela grande miséria social e moral.
Em
Novembro de 1892, Maria encontrou pela primeira vez uma prostituta;
este encontro foi decisivo para a sua vocação, porque a partir de
então toda a sua energia será concentrada nestas mulheres que Maria
quer ajudar para que saiam do “buraco” onde voluntariamente ou
involuntariamente se tinham precipitado, e de cortar os laços que as
retinham naquela vida.
O seu
zelo no desempenho deste “ministério” difícil chamou ao seu redor
outras mulheres com quem fundou a Congregação das Irmãs Servas do
Bom Pastor e da Divina Providência. Para as irmãs e para ela mesma,
ela já tinha estabelecido o seguinte objectivo: “Nós
devemos anunciar o Coração de Jesus, quer dizer,
viver dele, nele e por ele, de maneira a nos tornarmos como ele e
nós devemos fazer de maneira que em nossas vidas, ele se torne mais
visível do que nós mesmas”. Com o tempo e
a perseverança de todas as irmãs, este apostolado começou a dar bons
resultados, e muitas dessas mulheres que a prostituição tinha
colocado na berma da estrada, começaram a levantar a cabeça e a
singrar resolutamente pelo caminho certo, algumas até se tornam mães
exemplares e outras tantas apóstolas junto daquelas que ainda
estavam relutantes em voltar para trás.
A devoção
de Maria
ao
Sagrado Coração
do Salvador
despertou
nela
uma dedicação
aos
homens e
um amor
que
nunca
diz
"Chega".
Foi
tudo
em
todos,
e
através
do
amor
e do
movimento
do Espírito
Santo,
ela
restaurou
a
luz de
Cristo
em muitos
corações
e
os ajudou a
recuperar
a sua
dignidade
perdida.
Com cerca de
setenta
anos,
ela
entregou a
sua
alma
a
Deus
em 1935,
deixando para
a posteridade
uma obra
reconhecida,
foi
duma
grande ajuda
para
a Igreja na
Polónia
e
países
vizinhos.
Ela foi
beatificada
a 6 de
Junho de 1997
em
Zakopane
(Polónia)
por
seu
compatriota
o bom servo
de Deus
Papa
João
Paulo
II. |