|
O texto que vai com o título «Ave Maria, Mãe de Jesus, Mãe de todo o universo!» é um improviso da Alexandrina em êxtase, a 29/5/42, face à iminência da Consagração do mundo a Nossa Senhora, que teve lugar em 30 de Outubro desse ano. No primeiro pedido para que fosse feita esta Consagração (30/7/35), está implícito o mais alto elogio à devoção da Alexandrina para com a Virgem Maria: «em prova do amor que dedicas à minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um acto de consagração do mundo inteiro num dos dias das suas festas escolhido por ti – ou Assunção, ou Purificação, ou Anunciação – pedindo a esta Virgem sem mancha de pecado que envergonhe e confunda os impuros, para que eles arrecuem caminho e não Me ofendam.»
Ave Maria, Mãe de Jesus, Mãe de todo o universo! Ave, Maria, Mãe de Jesus! Honra, glória e triunfo para o seu Imaculado Coração! Ave, Maria, Mãe de Jesus, Mãe de todo o universo! Quem não quererá pertencer à Mãe de Jesus, à Senhora da Vitória? O mundo vai ser consagrado todo ao seu Materno Coração! Guarda, Virgem pura, guarda, Virgem Mãe, em teu Coração Santíssimo, todos os filhos teus! Viva o teu doce nome Mãezinha, viva Jesus e viva o teu doce nome! Bendita seja a tua pureza e a tua Conceição! Mãezinha, que hei-de eu dar-te no dia do teu aniversário? Sou pobrezinha dos bens da terra e, para confusão minha, sou ainda mais pobre dos bens do Céu. Como mais nada tenho para te dar, entrego o meu corpo; tem sido um instrumento de afronta para Jesus: oh, quanto o tenho ofendido!... Na ânsia que tenho de te festejar e na esperança que tenho que o vais encher da tua pureza e da tua candura, dou-me a ti como escrava, sou tua inteiramente. É por teu amor e por amor do teu Jesus que me deixo escravizar. Dou-me a ti por almas que me são mais queridas, para que te amem e a Jesus com uma amor mais forte e abrasador: quero-as no Céu junto a mim a cantar os vossos louvores. Dou-me pelos ceguinhos que não conhecem a Jesus. Dou-me por os que mais o ofendem. Enfim, Mãezinha, sou tua, não me poupes. Só a ti pertenço e a Jesus. Vendei-me o meu corpo e o meu sangue e comprai com ele as almas. Fazei-me pura, fazei-me santa, dai-me amor que me queime e que me mate: eu quero morrer de amor! Dai-nos a paz e dai-nos o perdão. Consolai e socorrei o santo Padre. Mãezinha, por teu amor, procurarei não gemer neste dia. Perdoa tudo e aceita este ramalhete de flores em meu nome e em nome do meu Paizinho e das pessoas mais queridas do meu coração. Mãezinha, dai-nos amor e pureza sem fim, e leva-me para o Céu depressa. Dá-me a tua bênção e cobre-me com o teu manto. Tua pobre Alexandrina. Santa Teresinha, a «irmã espiritual» da Alexandrina, prometeu «uma chuva de rosas». Ela promete aqui «uma chuva de graças». Ao principiar o teu mês bendito Balasar, 30/4/1941 Querida Mãezinha Ao principiar o teu mês bendito, venho pedir-Te a tua bênção, o teu amor, para eu poder amar o teu e meu querido Jesus. Quero amá-Lo tanto, tanto, quero ser uma louquinha de amor, quero só viver e morrer de amor! Ajudai, minha querida Mãezinha, o vosso Jesus a imolar e sacrificar esta que quer dar o sangue e a vida pelas almas e pelo vosso Jesus. Dá-me, Mãezinha, a tua pureza, a tua humildade, a tua obediência; dá-me as tuas virtudes para que eu seja santa, para dar toda a glória ao teu Jesus para quem só quero viver. Mãezinha, peço-Te esta esmolinha do Céu: quero que o mês de Maio seja para mim o último que passo na terra. Quero ir depressa gozar do teu Jesus e da tua companhia. Quero continuar junto de Ti a implorar perdão e misericórdia para o mundo teu. Tua filha a mais indigna, pobre Alexandrina.
P.S. – Hei-de fazer cair uma chuva de graças e de amor sobre aqueles e aquelas que na terra me são queridos. Sempre a tua filha, Alexandrina.
Guarda-me sempre, Mãezinha
Só à sombra
do teu manto,
Guarda-me
sempre, Mãezinha!
No
original, esta oração está toda disposta em prosa, mas é claro
que a autora, no seu arrebatamento, avançou da prosa para o
verso. Sempre Tu, Mãezinha!
És Tu
bendita entre as mulheres!
Criou-Te
Deus tão pura e bela, brilhante estrela;
Encheu-Te
Deus de tal carinho,
Quem ousou
manchar-Vos Mãezinha, em Ti vejo luz, paz e amor.
Queima-me,
abrasa-me
Sim,
Mãezinha, contigo amo a Jesus
Mãezinha,
dá a minha alma Jesus se alegrará em mim.
À imitação
de Jesus-Menino, Deixemo-nos conduzir por ela.
Nada
podemos temer: |