Luís Beltrão nasceu em Valência (Espanha), a 1 de Janeiro de 1526.
Desde muito menino se caracterizou por sua humildade e obediência.
Aos
18 anos, contra a vontade paterna, ingressou na Ordem do São
Domingos e em 1547, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote por Santo
Tomás de Villanueva.
Cinco anos depois foi nomeado professor dos noviços. Como professor
Luís Beltrão era estrito e severo, e tudo fazia para que seus alunos
renunciassem sinceramente ao mundo e se unissem perfeitamente a
Deus.
Mais tarde pediu licença aos superiores e foi pregar aos índios do
Novo Mundo. Lá esteve por sete anos evangelizando regiões americanas
que hoje pertencem à Colômbia. Converteu e baptizou muitos milhares
de indígenas, correndo nesse apostolado grandes riscos: chegou a ser
envenenado por duas vezes e em quatro outras ocasiões esteve muito
próximo de receber o martírio.
Só falava espanhol mas Deus lhe concedeu o dom de línguas, profecia
e milagres.
Também trabalhou em Tubera, Paluato, Cipacoa e Portavento. Durante o
seu trabalho na América converteu milhares de indígenas, do istmo do
Panamá até nas ilhas do Caribe.
Anos mais tarde, em 1569, voltou para Espanha onde foi eleito
superior em três conventos de sua Ordem. Procurou restaurar a
disciplina tradicional e aplicar as regras do Concílio de Trento em
todos os membros dos conventos. Dedicou-se especialmente à formação
dos missionários destinados à tarefa evangelizadora nas Américas.
O seu habitual rigor, despertou muitas antipatias, o que o levou a
colocar na porta da sua cela um letreiro onde estavam escritas estas
palavras de S. Paulo: “Se quisesse agradar aos homens eu não seria
servo de Cristo”.
E foi assim que durante ainda sete anos, continuou sendo mestre de
noviços. Por suas mãos de formador experimentado passaram centenas
de jovens, muitos dos quais tiveram causas de beatificação
introduzidas.
Depois de dolorosa doença que aceitou humildemente, faleceu em
Valência, com 55 anos de idade, a 9 de Outubro de 1581.
A causa de beatificação introduzida em Roma, permitiu a sua
beatificação pelo Papa Paulo V, em 19 de Junho de 1608.
A sua canonização aconteceu no dia 12 de Abril de 1671, presidida
pelo Papa Clemente X.
Fontes diversas. |