João
Martinho Moye nasceu em Cutting, França, a 27 de Janeiro de 1730,
sendo baptizado no dia seguinte, na igrejinha da Aldeia. Aos 24 anos
foi ordenado sacerdote diocesano. Trabalhou em algumas Paróquias da
Diocese de Metz. Austero, zeloso, logo manifestou raras qualidades,
como Director Espiritual. Impressionado pela falta de conhecimento
religioso em que viviam as crianças, atraiu almas de boa vontade e
fundou uma primeira escola em Vigy (França), no dia 14 de Janeiro de
1762, que entregou a Margarida Lecomte: era a semente da Congregação
das Irmãs da Providência e que hoje se estende em vários países.
Teve
de enfrentar muitas dificuldades e incompreensões. Um dia, vendo em
perigo sua obra, entregou-a nas mãos da Virgem Maria Auxiliadora. A
sua obra estava salva. Bem estabelecido o seu instituto na França, e
seguindo uma inspiração interior, preparou-se e foi, por 10 anos,
missionário na China. Ai sofreu cansaços e perseguições, chegando
até a prisão, por confessar a fé.
Assim
como fizera na França, também na China apelou para a colaboração da
mulher: fundou o Instituto das Virgens Cristãs para o ensino do
catecismo, nas escolas e lares; bem como a Obra Evangélica, para o
Baptismo das crianças que, na China, morriam aos milhares, pelo
abandono dos pais, a fome e a peste. Cuidou ainda da formação do
clero indígena. Entre seus discípulos e catequistas, muitos
confessaram a fé e alguns a graça do martírio.
Depois
de 10 anos o Pe. Moye voltou à França, então agitada pela revolução.
Trabalhou em missões e zonas rurais. Dedicou-se ainda à formação de
suas Irmãs da Providência, mas com o avanço da Revolução, muitas
tiveram que procurar o exílio. Assim é que Moye retirou-se para
Treves, na Alemanha, onde também entraram refugiadas algumas Irmãs.
Mesmo ai, não ficou inactivo, o ardente apóstolo. Cuidando dos
soldados alemães feridos ou atacados de tifo; Pe. Moye é contagiado
pela doença.
Teve
morte belíssima assistido pelas Irmãs emigrantes e também um amigo
Pe. Feys. Faleceu a 4 de Maio de 1793, com 63 anos de idade. Morre
um santo corria o sussurro pela cidade.
João
Martinho Moye, homem de oração e fé, atento à vida e profundamente
abandonado à Providência, deixa como herança a suas Irmãs, quatro
virtudes: abandono à Providência, simplicidade, caridade e pobreza.
Tinha
sempre presente a Paixão de Jesus Cristo; pois para ele os caminhos
da Providência passam sempre pelo mistério da Cruz. Transmitiu ainda
às Irmãs, a devoção a Maria Auxiliadora, que marcou profundamente,
assim como a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Declarado Venerável pelo Papa Leão XIII em
14 de
Janeiro de 1891
Foi
beatificado pelo Papa Pio XII em 21 de Novembro de 1954.
Fonte:
http://coisasdesantos.blogspot.com |