HISTÓRIA DE BALASAR
EM LINHA

 
 

José Ferreira

Prólogo

 

Embora só desde há uns seis anos tenha começado a estudar de modo sistemático a história de Balasar, já antes tinha abordado alguns temas dela. Do trabalho entretanto realizado, resulta hoje material para um grosso volume, que é o que aqui se vai poder ler.

Para os amigos da Beata Alexandrina, penso que será um auxiliar precioso.

O estudo duma freguesia extensa e rica como Balasar é tarefa complexa. Não houve nela um monumento de valor artístico, como Rates; não teve uma casa nobre e antiga, como a dos Cavaleiros do Outeiro Maior; não teve figuras de projecção nacional em tempos recuados. Mas ainda assim teve uma Pousa Real na distante Idade Média; teve uma casa nobre recente que chegou a pertencer a um intelectual tão relevante como o Visconde de Azevedo; teve a Santa Cruz, que lhe trouxe milhares de visitantes; teve uma unidade industrial tão significativa como a Algot; teve e tem a riqueza das suas casas tradicionais e modernas, dos seus férteis campos, o trabalho, a dedicação, a criatividade das suas gentes, o dom do rio que a atravessa. E tem hoje a Beata Alexandrina que lhe leva o nome a todos os continentes.

Foram muito variadas as fontes de que me servi ao longo dos anos em que trabalhei o tema: fontes orais, toponímia, artigos do Boletim Cultural, assentos paroquiais, documentos relativos à Santa Cruz, o Tombo da Comenda, um arquivo particular, listas de eleitores, actas da Junta, imprensa poveira, livros publicados que trazem alguma informação sobre a história da freguesia, etc., etc.

Um estudo assim implica com saberes muito diversos, o que alarga proporcionalmente a margem para as imprecisões. Mas ficam aqui ao menos pistas que um dia outros poderão desenvolver com um conhecimento mais especializado.

A todos aqueles que de algum modo nos auxiliaram, nem com que fosse com uma palavra de incentivo, expressamos a nossa gratidão. Para o Sr. António Machado, origem da ideia deste livro, que ele sempre acarinhou, vai um agradecimento especial. 

José Ferreira

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