Gisela nasceu por volta de 985,
filha do duque bávaro, Henrique, o Briguento, e Gisela da Borgonha.
Era a irmã mais nova de Henrique II; de Bruno, bispo de Augsburgo, e
de Brígida, abadessa de Mittelmuenster. Gisela conviveu na Baviera,
Alemanha, e Hungria, alcançando especial importância.
Gisela queria usar o véu de
consagração, quando, em 996, os emissários de Geisa da Hungria foram
a Regensburgo e a pediram como esposa para Estevão, filho de Geisa (Santo
Estevão da Hungria).
O pai de Gisela recebeu com alegria os emissários. Gisela renunciou
ao esposo e mudou-se para a corte principesca húngara para
multiplicar o povo cristão.
Mas, casaram-se no ano 1000 e,
na festa da Assunção, Gisela foi coroada e ungida primeira rainha
cristã dos húngaros e, com ela, seu marido. Estevão converteu-se ao
cristianismo por influência da esposa. Por isso, a principal tarefa
de estevão, em seu reinado, era a conversão de seus súbditos.
Gisela ajudou na construção de
várias igrejas e influenciou a história dos povos. Também viveu
grandes sacrifícios.
Deus levou seu primeiro filho,
Américo, sucessor do trono real, que foi canonizado.
Faleceu também uma filha. Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção
de Maria, faleceu seu marido, Estêvão, que, com o filho, foi
canonizado em 1083. Depois da morte do marido, ela foi exposta
indefesa às mais graves hostilidades dos húngaros nacionalistas
pagãos. Confiscaram-lhe os bens, proibiram-lhe de se comunicar com
os parentes, prenderam-na e a maltrataram. Depois de vários anos na
prisão foi libertada por Henrique III, em 1042.
Gisela voltou para a Baviera e se fez beneditina no Mosteiro de
Niedernburg. Não passavam despercebidas as qualidades espirituais e
morais desta mulher cheia de prudência e experiência. Foi eleita
terceira abadessa-princesa, governando a abadia até 7 de maio de
1065, quando morreu, sendo sepultada na capela de Paz da igreja
abacial; a laje original ainda se conserva.
Logo após sua morte, peregrinos de todos os recantos visitavam seu
túmulo, crescendo as romarias no decurso dos séculos.
Hoje Santa Gisela, que passou pelas situações mais extremadas, que
foi rainha e prisioneira, reverenciada e maltratada, que conheceu na
pele o conforto do palácio e a dureza da prisão, que mesmo em meio
às maiores dificuldades conseguiu manter intacta sua fé, nos
assegura que em toda e qualquer situação o que jamais podemos fazer
é deixar de confiar em Deus.
Ser cristão é nunca perder a esperança.
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