Nasceu
em Roma aos 6 de Janeiro de 1786. Na sua alocução por ocasião da
Canonização deste santo, Pio XII declarou: “Na gloriosa falange dos
Santos, que a terra romana deu à Igreja, Gaspar Del Bufalo
resplandeceu
com
especial fulgor. Desde seus mais tenros anos, a proteção de São
Francisco Xavier para ter obtido para ele, da Parte de Deus, uma
extraordinária profusão de dons sobrenaturais. Ainda estudante,
entregava-se com assiduidade às obras de caridade e assistência,
especialmente ao ensino da doutrina cristã, às crianças e aos
pobres. Seguindo os passos de São João Batista de Rossi, fez voltar
ao seu vigor primitivo a piedosa obra de São Galla e fundou, pouco
depois, o Oratório de Santa Maria in Vincis. Mas seu apostolado em
Roma foi interrompido pela invasão das tropas napoleónicas: tendo
recusado prestar juramento de fidelidade a um poder hostil aos
direitos da igreja, sofreu o exílio e a prisão. Finalmente posto em
liberdade, e para maior alegria de quantos o conheciam e o veneravam
ainda mais, à sua volta para a sua querida Roma, recebeu do Soberano
Pontífice Pio VII o encargo de se consagrar às santas missões,
destinadas a renovar o fervor dos fiéis em seus Estados, depois de
tantas desordens e destruições causadas pelas perturbações públicas.
Retomou
então a ideia da instituição de uma con-gregação de missionários,
sob o título de Preciosís-simo Sangue de Jesus, de quem era
fidelíssimo pro-pagador e devoto. Apesar de toda a espécie de
oposi-ções e obstáculos, inaugurou em 15 de agosto de 1815, a
primeira casa da obra, que ele mesmo confiou, com fervor, à
protecção da Santíssima Virgem. Assim começou para ele uma vida de
incessantes trabalhos; percorreu quase todas as regiões da Itália
central, levando por toda a parte, com o exemplo de sua piedade, de
sua humildade e de sua caridade, a reconciliação e a paz, o alívio
das misérias corporais e sobretudo espirituais.
Ditou
sábias regras ao Instituto. Com a habitual exclamação: “Ó Paraíso, ó
Paraíso!”, subtraía-lhe a toda oferta de dignidades eclesiásticas,
desejando permanecer até a morte naquela sua “tribuna”, isto é, no
domínio das pregações sagradas, certo como estava de receber assim
mais facilmente, e sem atraso, a recompensa eterna. “Martelo dos
Sectários”, assim foi chamado, porque combateu com a palavra falada
e escrita os inimigos da Igreja, obtendo muitas conversões dos
afiliados da sociedade secreta, a maçonaria. Além disso, foi
escolhido pelo Papa para fazer desaparecer o banditismo no Lácio.
A sua
corajosa actividade pelo saneamento moral e religioso, teve
inesperados resultados. Deus se dignou de selar o múltiplo
apostolado do seu servo, com sinais extraordinários, de carácter
sobrenatural, se bem que lhe reservou uma morte em meio de fadigas e
sofrimentos. Foi assim que deixou para seus filhos, um modelo
admirável de zelo heróico, imolando-se generosamente para o maior
bem das almas.
Faleceu
em Roma, em 28 de dezembro de 1837. Foi beatificado pelo Papa Pio X
em 8 de dezembro de 1904 e, canonizado por Pio XII em 12 de junho de
1954.
Fonte :
http://www.paginaoriente.com/santos/crgdb2812.htm |