FRANCISCO GÁRATE
Religioso Jesuíta, Beato
(1857-1929)

6

OUTUBRO

Francisco Gárate, o segundo de sete filhos, nasceu numa família modesta, a 3 de Fevereiro de 1857, nos arredores de Azpeítia, muito perto de Loyola.

Na idade de 14 anos foi para o Colégio de Nossa Senhora da Antígua, em Orduña, para trabalhar como empregado. Em 1874, entrou para o Noviciado. Em 2 de Fevereiro de 1876, fez os primeiros votos religiosos e, em 1877, foi destinado como enfermeiro para o Colégio do Apóstolo S. Tiago, em La Guardia (Pontevedra). Ali permaneceu dez anos, atendendo à saúde dos alunos e ocupando-se da sacristia. A sua entrega e carinho pelos doentes granjearam-lhe rapidamente a admiração de todos.

Pronunciados os últimos votos em 15 de Agosto de 1887, o Irmão Gárate foi destinado a Deusto (Bilbao), em 1888, para ser porteiro do Colégio de Estudos Superiores ou Universidade. Neste cargo permaneceu até à morte, a 9 de Setembro de 1929. O Padre Geral, Wladimiro Ledochowski, esboçando as características deste irmão, pôs em relevo o que impressionava a quantos tratavam com ele:

«Admirável discrição posta a dura prova por mais de 41 anos de serviço numa portaria muito frequentada por pessoas de todas as idades e condições: humildade adornada por encantadora simplicidade; caridade que, como dotada de um instinto espiritual, adivinha e prevê o serviço oportuno…»

Com estas virtudes vivia o Irmão Gárate o seu terrível quotidiano: com a mesma delicadeza e a mesma dedicação recebia os pobres e os ricos; com a mesma cordialidade tratava uns e outros; com entrega constante e sem se queixar, subia e descia as escadas do grande edifício da Universidade para levar recados aos Padres e Professores e chamar alunos. Um dos que o conheceram bem foi o Padre Geral da Companhia de Jesus, Pedro Arrupe, então estudante universitário. Oiçamos como o viu, apreciou e amou:

«… Para todos tinha o Irmão uma palavra oportuna, um gesto, um sorriso, uma solução caritativa; sempre aberto, acolhedor, benévolo, obsequioso com todos. sempre também com simplicidade e naturalidade; nada de maneiras artificiais ou afectadas, e muito menos ainda credulidade ingénua e bonacheirona. Intuíam isso perfeitamente os jovens, quando diziam dele, porteiro de Deusto: “O Irmão Finuras é um santo a sério, mas também é… um finório”» (Pedro Arrupe, S. J., no cinquentenário da morte do Irmão Gárate – 1929-1979). Em 6 de Outubro de 1985, João Paulo II elevou o Irmão Francisco Gárate às honras dos altares, beatificando-o.

www.jesuitas.pt.

 

PARA QUALQUER SUGESTÃO OU INFORMAÇÃO