FOTOBIOGRAFIA

 Uma fotobiografia deveria ser como que uma biografia por fotografias. Mas as foto-grafias da Alexandrina são poucas e não fixam todo o percurso da sua vida (daquela que era visível); às que são propriamente suas juntaram-se aqui várias outras que com ela muito estreitamente se relacionam.

A Alexandrina nasceu aqui, no lugar de Gresufes… nesta cozinha, frente à lareira.

 

Não é impossível que tivesse sido baptizada na Capela da Quinta da D. Ben-ta, que serviu de Igreja Paroquial du-rante a construção da actual Igre-ja.

Pormenor do Registo de Baptismo da Alexandrina

 

De Gresufes, a Alexandrina foi para a Póvoa de Varzim, frequentar a escola primária. Fre-quentou com especial agrado a Capela da Se-nhora das Dores.

Estudou durante pouco mais de um ano na Escola de Mónica Cardia, no primeiro andar deste prédio, frente à Estação do Metro.

 

Fez a Primeira Comunhão na Matriz: foi uma da-ta marcante da sua vida.

… e viveu na Rua da Junqueira, al-gures por aqui.

Depois do regresso a Balasar, em breve passou a viver na Casa do Calvário.

Dava então activa colaboração à vida paroquial, na catequese e no canto, trabalhava e socorria os neces-sitados.

 

Tinha 14 anos e era certamente uma bela jovem quando, em 1918, teve de saltar por esta janela para fugir aos energúmenos que a queriam violentar.

A sua saúde ressentiu-se irremediavelmente; ainda foi, com grandes dificuldades, a Braga, ao Primeiro Congresso Eucarístico Nacional, em 1924…

… mas rapidamente a paralisia a aprisionou na cama para o resto da vida.

Em 1933 tem o primeiro encon-tro com o jesuíta P.e Mariano Pi-nho, que se torna seu director espiritual.

Em 1929, com 25 anos, tira a sua primeira foto-grafia conhecida. Ia iniciar dentro em pouco a sua caminhada mística.

No mesmo ano, inscreve-se nas Filhas de Maria; o seu programa de vida define-se en-tretanto: sofrer, amar, reparar.

Data de 1935 estoutra fotografia, do ano em que Jesus pela primeira vez lhe pede a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

Em 1938, começa a reviver a Paixão, como prova da origem divina do pedido da Consagração.

A recuperação dos movimentos durante a Paixão levou o P.e Pinho a ouvir os mé-dicos. O presidente da C.M. da Póvoa de Varzim, o Dr. Abílio Garcia de Carvalho, foi um deles.

A Santa Sé e Braga requerem esclare-cimentos em ordem à Consagração. De-pois do P.e Pinho, foi o Mons. Vilar o pri-meiro sacerdote que compreendeu a Ale-xandrina.

Estamos em 1939. Prosseguem as diligên-cias com vista à Consagração e vai come-çar a II Guerra Mundial.

Alexandrina em êxtase; junto à cama o P.e Pinho tomava apontamentos.

Em Janeiro de 1941, vem a Balasar o Dr. Azevedo; até ao fim da vida da Alexan-drina irá ser o seu zeloso médico as-sistente.

Em Julho, vai pela quarta vez ao Porto, para exames. Na Trofa, em casa do Sr. Sampaio, tira algumas fotografias memo-ráveis, como esta.

Em Agosto, o P.e J. A. Terças, dos Mis-sionários do Espírito Santo, publica o relato duma vivência da Paixão; apesar das precauções tomadas, com enorme desgosto da Alexandrina, os leitores asso-ciam o seu nome à nar-rativa.

 

Em 31 de Outubro de 1942, no Jubileu das Aparições de Fátima, Pio XII proclama em Roma a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria.

A partir de Março de 1942, entra em jejum absoluto: passa a viver apenas da Comu-nhão diária. O jejum foi medicamente ve-rificado em 1943, no Refúgio da Paralisia Infantil.

A D. Ana e a Alexandrina, numa das suas melhores fotografias (1943).

A Deolinda e a D. Ana

Em Junho de 1944, o P.e Humberto Pas-quale visita pela primeira vez a Alexan-drina, de quem se vai tornar o segun-do director.

Em Agosto, inscreve-a nos Cooperadores Salesianos.

A Alexandrina deixou de ser uma desconhecida: em 1947 o director do Jornal de Notícias vem entrevistá-la e publica uma reportagem sobre o seu caso.

O Dr. Azevedo intervém nos jor-nais para defender o bom-nome da sua doente, como neste artigo do Diário do Norte de 30 de Junho de 1953.

Em dias santos e feriados, acorrem a ver e ouvir a Alexandrina muitos milhares de pes-soas. Ela, em jejum desde há dez anos, fala-lhes horas a fio.

A Alexandrina deixou muitos escritos, qua-se sempre ditados, por impossibilidade de os escrever ela própria; mas este bilhete é autógrafo.

O Arcebispo pensa examiná-la de novo; para isso nomeia uma comissão presi-dida pelo Abade de Singeverga e onde se incluiria um universitário espanhol.

A hora da partida aproximava-se e em 13 de Outubro de 1955, aquela que foi declarada « luz e farol do mundo », vai cantar com os Anjos e os Santos a glória da Trindade San-tíssima.

No dia 25 de Abril de 2004, João Paulo II, na Praça de S. Pedro, declarou-a Beata. Os amigos da Alexandrina aguardam ansiosos o dia em que esperam vê-la canonizada.

Pormenor do cachecol que identificava os amigos da Alexandrina no dia da Beatificação.

 

 

PARA QUALQUER SUGESTÃO OU INFORMAÇÃO