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Engrácia de Saragoça
Virgem e Mártir, Santa
(ca. + 303-304)

Engrácia era uma jovem de Bracara Augusta (actual Braga) prometida em casamento a um nobre da região de Rossilhão, na província da Gália Narbonense, sul da actual França. Para escoltá-la na viagem fora o seu tio Lupércio (por vezes identificado com Lupércio, o bispo da antiga diocese de Eauze, dezoito cavaleiros e uma empregada, de nome Júlia. Ao chegar à cidade de César Augusta (actual Satagoça) e ao inteirar-se das atrocidades que o governador, Daciano, estava a cometer junto dos cristãos (por decreto do Imperador), apresenta-se espontânea e directamente diante de si para o confrontar com as crueldades, injustiças e a insensatez com que tratava os seus irmãos de religião. Termina martirizada com a oferta da sua própria vida e a dos seus companheiros, assim que se percebe que era também cristã.

Nos registos do martírio, os feitos encontram-se descritos da maneira tradicional, tanto que acaba por ser difícil separar a realidade dos factos daquilo que poderá ser produto da imaginação, consequência da piedade dos cristãos. Com efeito, o diálogo entre a frágil donzela e o cruel governador afigura-se-nos claro: ela usando raciocínios humanos e firmes na sua fé com que acusa a injustiça cometida (que hoje diríamos serem questões de Direitos Humanos), a existência de um deus único a quem serve, a loucura dos deuses pagãos e a disposição em sofrer até ao fim pelo amado; ele, por seu turno, utiliza recursos como o castigo, a ameaça, a promessa e a persistência. Em resumo, a pormenorizada e pura descrição do tormento da jovem conta que primeiro fora açoitada, depois atada a um cavalo e arrastada, o seu corpo fora rasgado com ganchos e os seus peitos cortados. Depois foram colocados pregos no seu corpo. Para que sofresse ainda mais, abandonaram-na quase morta submetida a um indescritível sofrimento por todas as suas feridas, até morrer. Os dezoito acompanhantes foram degolados nos arrabaldes da cidade.

O corpo de santa Engrácia foi sepultado com as devidas honras pelo Bispo Prudêncio numa urna de mármore, e a ele foram juntadas as cinzas dos dezoito outros mártires, seus companheiros de caminhada.

Fontes diversas.

 

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