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PASSARÁS DE CLASSE

Emissão - 32

Já aqui vos anunciei que vos ira contar alguns casos ocorridos durante a vida da beata Alexandrina e hoje, para começar, vou contar-vos dois: um ocorrido enquanto ela vivia e outro ocorrido depois da sua morte.

Ambos metem em cena uma mãe e uma filha.

Uma senhora de Fradelos, aldeia a uns 6,5 km de Balasar — mais ou menos como das Cinco Ribeiras a S. Bartolomeu da Calheta, para aqueles que conhecem a ilha Terceira — frequentava regularmente a casa da Beata, onde várias vezes vinha com a filha, ainda menina de escola.

Aconteceu que esta menina adoeceu por volta do mês de Janeiro e assim permaneceu todo o trimestre. De volta à escola, a professora anunciou-lhe que ela não passaria de classe, por ter faltado à escola.

A criança, como se pode compreender, ficou triste, mas ao mesmo tempo lembrou-se da “Doentinha de Balasar”.

Certo dia pediu à mãe para ir brincar com as amigas, ao que a mãe acedeu. Mas, em vez de ir brincar, ela foi a correr até Balasar, a casa da Alexandrina, onde chegou cansada, como é óbvio.

Pouco antes de ela entrar, a Alexandrina disse a sua irmã Deolinda:

— Vai chegar uma menina, ela vem cansada, fá-la entrar, desde que chegue.

Assim aconteceu. Quando a menina chegou, Deolinda fê-la entrar, mas por acanhamento, a menina pôs-se ao pé da porta do quarto mas não ousava entrar.

— Anda cá, minha menina, disse a Alexandrina.

A menina entrou e muito a custo contou para o que vinha…

— Sim, tu vais passar de classe, disse-lhe a Alexandrina.

A menina voltou para casa e no dia seguinte foi para a escola. Pouco depois a professora chamou-a e disse-lhe: “Tu vais passar de classe”.

A menina ficou contente e lembrou-se do que lhe dissera a “Doentinha da Balasar”: “Sim, tu vais passar de classe”.

Depois, sempre que sua mãe vinha a Balasar visitar a Alexandrina, a menina acompanhava-a.

Este caso demonstra, se necessário fosse a força da intercessão da Beata Alexandrina, ainda viva e a visão que ela tinha das coisas que se passavam à volta dela.

***

O outro caso que vos vou contar é um pouco diferente, mas também mete em cena a mãe e a filha e é relativamente recente, visto que data de 2009.

A mãe testemunhou:

«A minha filha teve educação religiosa e exemplo em família, mas como a maioria dos jovens, infelizmente, a partir de uma idade afastou-se e não participava nem lhe interessava. Foi como nunca tivesse tido nenhum ensinamento no campo da fé, para grande sofrimento meu e do meu marido.»

Claro que esta é uma realidade dos nossos tempos perturbados e é causa de sofrimentos para muitos pais actualmente. Mas, como disse o Anjo Gabriel a Maria: “A Deus nada é impossível” e o que parece impossível vai acontecer.

«Nos dias 2 e 3 de Maio de 2009 fui com a minha filha Ana em peregrinação a Balasar» — explicou a boa senhora.

Mãe e filha ali visitaram a igreja onde se encontram os restos mortais da Beata, ali visitaram igualmente a casa onde viveu e o quarto onde paralítica passou tantos anos a sofrer.

Ali também assistiram às missas e às homilias do Pároco que sempre falava da “Doentinha de Balasar”, com grande entusiasmo e fervor.

E, como nenhuma visita à campa da Alexandrina é “gratuita”, no sentido espiritual, entenda-se, a jovem foi “apanhada” — como se diz no Norte de Portugal — pela Beata, que lhe retornou completamente a alma e o coração. Para termos essa certeza, basta-nos ouvir o que disse a menina Ana:

«Hoje despedi-me de Balasar e todas as dúvidas sobre a fé, que me atormentavam, desapareceram, aprendi a ser paciente e tive a graça de sentir a luz do Espírito Santo a entrar dentro de mim e compreendi muita coisa que até aí não consegui, por exemplo a humildade nos torna mais próximos de Deus, abre-nos os olhos para os dons espirituais, isto e muito mais agradeço a minha querida Alexandrina, que trouxe luz à minha vida e lhe estou grata até ao fim dos meus dias.»

Este testemunho não precisa de comentários, mas mostra-nos a enorme força da intercessão da Beata Alexandrina junto de Deus.

Que vos desejar, caras auditoras e auditores senão que a Beata Alexandrina vos “apanhe” a todos e que de uma só alma e dum só coração, peçamos ao Senhor que active a sua canonização.

Afonso Rocha

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