A
Companhia celebrava no dia 6 de Outubro a memória do jesuíta Diogo
Luís de San Vitores, nascido em Burgos (Espanha) no ano de 1627,
martirizado em 1672 e beatificado em 1985. Junto com esse jesuíta
foram martirizados outros cristãos, entre eles o catequista Pedro
Calungsod, nascido nas Filipinas dezoito anos antes do martírio e
que
foi
grande e fiel colaborador do Padre Diogo Luís. Pedro foi beatificado
em 2000 e canonizado em 2012. Na recente reforma litúrgica da
Companhia, a memória do Beato Diogo Luís foi unida a festa desse
Santo, no dia 21 de Outubro.
Diego
Luís era filho de nobres de grande fortuna. Muito cedo manifestou
seu desejo de entrar para a Companhia de Jesus, ideia que encontrou
forte oposição em sua família. Durante a Festa da Anunciação teve
uma visão da Virgem que confirmou seus desejos e, em 1640, ingressou
no Noviciado da Companhia. Exemplo de devoção e dedicação, foi
ordenado sacerdote em 1651 e nove anos mais tarde pode realizar seu
desejo de ser missionário.
Enviado
para a missão nas Filipinas, lá exerceu o ofício de Mestre de
Noviços, Prefeito de Estudos e Professor de Teologia, dedicando-se
também, com grande zelo, à conversão dos indígenas.
Também
realizou várias expedições missionárias e, numa dessas, conheceu a
“Ilha dos Ladrões”, nome dado pelo navegador Fernão
de Magalhães a
quinze ilhas da Micronésia que formam hoje a Comunidade
das Marianas Setentrionais.
Trabalhou muito para que se criasse uma missão nessas ilhas,
rebaptizadas por ele como “Ilhas Marianas”. Inaugurou a missão em
1668 e conseguiu que muitos nativos fossem baptizados.
Porém,
a acção missionária encontrou resistência de alguns chefes
chamorros, principalmente pelos boatos espalhados de que os
missionários envenenavam a água benta que davam ao povo durante as
cerimónias de Baptismo e Eucaristia.
A morte de algumas crianças recém-nascidas e que tinham sido
baptizadas, seguramente por contacto com vírus trazidos pelos
europeus, aumentou a crença popular de que o baptismo seria a causa
das mortes.
A
situação se agravou quando a filha de um dos chefes foi baptizada
apenas com o consentimento da mãe. Isso provocou a ira desse chefe
que perseguiu os missionários. Pedro teve a chance de escapar, mas
preferiu permanecer ao lado de seu grande instrutor na fé. Diogo
Luís morreu atravessado por uma lança e teve a cabeça partida por
uma catana. Pedro, depois de ser assassinado, teve o corpo lançado
ao mar.
Fonte:
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