César
de Bus, que desejava seguir a carreira militar, estava quase
embarcando para atender ao chamado de seu irmão, capitão a serviço
do rei Carlos IX, da França, quando foi impedido por uma enfermidade
que o atingiu de
maneira
fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon,
cidadezinha da Provença, onde ele tinha nascido em 3 de fevereiro
1544.
Os
jesuítas de Avignon, um humilde capelão e uma camponesa, que o
assistiam durante a convalescença, com as suas palavras e os seus
exemplos o reconduziram para a religião cristã, da qual ele se havia
afastado. Não perdeu tempo: tão logo se curou, trocou de vida e se
pôs a estudar para tornar-se sacerdote. Enquanto se preparava,
começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo.
Fundou, com o auxilio de um primo, Romillon, centros de instrução
religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou
a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do
meio rural.
César
de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já
reunia em torno de si muitos jovens, formando, com a ajuda dos
bispos e dos sacerdotes da região, uma numerosa comunidade, que
tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou
Doutrinários, os quais, por não terem pronunciado os votos, viviam
todos juntos. Foi neste ponto que surgiu a divergência entre os dois
fundadores: César de Bus queria que eles pronunciassem finalmente os
votos e Romillon queria que se mantivessem apenas padres. Assim,
esse último se transferiu para a casa de Aix-en-Provance, enquanto
César permaneceu na sede de Avignon.
Depois
de um longo período de sofrimento causado por uma enfermidade, César
de Bus morreu no dia 15 de abril de 1607. Foi beatificado, em 1975,
pelo papa Paulo VI, que autorizou sua celebração litúrgica para o
dia do seu trânsito. |