Apesar
de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é
venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de
Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o
local onde Balbina foi enterrada.
É
venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela
virgindade e sua perseverança de servir ao Cristo.
Diz-se
a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada
milagrosamente, pelo papa e mártir são Adriano, que estava na
prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos
foram baptizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade
perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio.
Sua
vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa
confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e
ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina
e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que
muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a
manteve fiel ao seu voto de castidade.
Balbina
sofreu o martírio sob o imperador Adriano II e encontrou-se com Deus
no dia em que lhe cortaram a cabeça. Viveu santamente e recebeu a
glória de ter o nome marcado na história da igreja.
Reflectindo sobre a vida de santa Balbina, um autor actual escreve:
«A vida cristã é marcada pelo compromisso com a pregação do Reino de
Deus. Jesus nos convidou a falar do Reino, mas também exigiu que
testemunhássemos, através de obras concretas, nossa fé neste Reino
vindouro. A vida de santa Balbina entrou para a história porque ela
soube conjugar fé e obras, chegando ao extremo gesto de confiança em
Cristo pelo testemunho do martírio. Sua consagração a Deus foi plena
e vivida em total liberdade. Muitas vezes somos inconstantes em
assumir nossa vocação, desconfiando do amor de Deus e de que Ele nos
concede as forças necessárias para bem viver.»
(Padre Evaldo César de Souza, CSsR) |