ALEXANDRINA E A JUVENTUDE

Página mensal por José Ferreira – Novembro de 2005

Em 5 de Dezembro de 1947, dirigia-se Jesus assim à Alexandrina:

Tu vieste ao mundo para ser escola de toda a humanidade. Em ti aprendem as donzelas a guardar para Mim o lírio branco da sua pureza; em ti aprendem os velhos e novos, ricos e pobres, sábios e ignorantes; em ti aprendem todos a amar-Me no sofrimento, a levar a sua cruz.

Neste mês de Advento, a caminho do Natal, convidamos os «novos» a escutar a lição da Alexandrina sobre a Mãezinha, nome com que ela carinhosamente designava Nossa Senhora. Ajudá-los-á a viver «à sombra» indispensável do seu «manto» e a compreender melhor as celebrações litúrgicas que se aproximam.

Embora a Alexandrina só raramente escrevesse poemas, a sua escrita era não raro poética. O que vamos reunir a seguir são pequenos textos seus, do Diário autógrafo, que dispusemos em verso livre. O seu tema é sempre a Mãezinha.

Guarda-me sempre, Mãezinha

Só à sombra do teu manto,
entregue às ternuras do teu Coração,
sepultada nesse abismo de amor,
eu posso viver segura de não ofender a Jesus.
Guarda-me sempre, Mãezinha!

Sempre Tu, Mãezinha!

És Tu bendita entre as mulheres! Só Tu, ó Mãe, és imaculada!
Criou-Te Deus tão pura e bela, brilhante estrela;
do Céu Rainha, és mais que os Anjos e os Arcanjos.

Encheu-Te Deus
de tal carinho,
Tão branca e pura,
mais que o arminho!

Quem ousou manchar-Vos
Errou no caminho!

Parabéns, ó Mãezinha!

Parabéns, parabéns, ó Mãezinha!
Renovo a consagração da minha oferta total:
corpo, alma, virgindade, pureza e todo o meu ser.

Colocai tudo nos braços de Jesus.
Agradecei em meu nome à SS. Trindade:
ao Pai, por Vos ter criado;
 ao Filho, por Se ter dignado baixar ao vosso seio;
 e ao Divino Espírito Santo, por gerar a Jesus, de quem sois Mãe.

Mãezinha, vede os meus desejos,
aceitai as minhas preces,
ouvi os meus segredos
e tende compaixão de mim.
Dai-me a vossa bênção e o vosso amor!

O ramalhete das minhas dores

Mãezinha, bendita e louvada sejais!
Eu Vos saúdo, ó cheia de graça!
Parabéns, ó Mãezinha!
Quando passarei este dia convosco no Céu?

Ai, que saudade, ai, que saudade!

Eu queria neste dia dar-Vos,
ó minha doce Mãezinha,
uma prenda do mais alto valor;
pobrezinha, nada tenho.

Consagro-Vos mais uma vez
a minha virgindade e a minha pureza,
o meu corpo e a minha alma, com todo o seu ser.

Aceitai também o ramalhete das minhas dores,
as agonias da minha alma,
as angústias e os punhais que já e logo me cravam o coração.

São flores tristes, muito tristes, Mãezinha, mas de resignação.
Tirai-as à minha inutilidade, porque foi ela que tudo me roubou.

Não posso mais, lede em mim

Ó minha bendita Mãezinha,
eu Vos saúdo e Vos dou os meus parabéns!

Sou vossa, toda vossa
e tudo Vos dou por Jesus.

Não posso mais,
lede em mim o que o meu coração
quer dizer-Vos e oferecer-Vos.

A pobre Alexandrina

Mãezinha, em Ti vejo luz, paz e amor

Mãezinha, em Ti vejo luz, paz e amor.
Queima-me,
abrasa-me no amor que Te consome,
guarda-me em teu Coração.

Sim, Mãezinha, contigo amo a Jesus
e venço sempre as humilhações.

Dai-me pureza, dai-me amor

Ó minha querida Mãezinha,
quantos favores, quantas graças
me tendes dispensado!

Sois Mãe, mas, oh, que Mãe sem igual!

Com que carinho,
com que amor me tendes guiado para Jesus!

Ó Mãezinha,
e que mal eu tenho correspondido ao vosso amor!

Dai-me pureza, dai-me amor.

Abandonemo-nos à Mãezinha

À imitação de Jesus-Menino,
abandonemo-nos à Mãezinha.

Deixemo-nos conduzir por ela.

Nada podemos temer,
não corremos perigo de errar.

Os jovens, a quem principalmente dedicamos esta página, poderão não ter encontrado aqui, até agora, temas particularmente motivadores para a sua idade. Todavia, a juventude não é mais que uma estalagem na margem do caminho da vida. A sua aprendizagem não pode ser sempre de curto prazo, do imediato. Certamente que noutras alturas haverá, apesar de tudo, temas mais próximos da sua expectativa.

PARA QUALQUER SUGESTÃO OU INFORMAÇÃO