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ARTIGOS SOBRE A BEATA ALEXANDRINA

ACTOS DE AMOR
II

A Alexandrina e a última Ceia

Vi Jesus sentar-se à mesa com os seus apóstolos e ao sentar-se falou para Si o seu divino Coração:

“Manjar divino: a Ceia do meu amor!”

Todo o aposento se iluminou e todos os Apóstolos ficaram embebidos naquele amor que Jesus irradiava pelos seus divinos olhos, lábios e todo o seu ser, porque todo Ele era amor.

Só Judas, desesperado, com o demónio nele e o fogo infernal, já não recebeu o amor de Jesus. S (25-07-47)

Que noite, que noite santa! A maior de todas as noites!

A noite do maior milagre, do maior amor de Jesus.

O seu divino Coração estava preso àqueles que Lhe eram tão queridos.

Para poder partir, tinha que ficar entre eles;

Para subir ao Céu, tinha que ficar na Terra.

Assim O obrigava o seu amor divino. S (08-03-45)

Foi tal a luz, foi tal o amor que a todos embebeu:

Jesus, os Apóstolos e eu. …

Queria saber dizer, poder fazer ver os olhares que Jesus elevou ao Céu naquele momento da bênção.

Queria que todos conhecessem o mistério do pão e do vinho transformados no Corpo e no Sangue do Se-nhor!

Milagre prodigioso! Abismo insondável de amor!

Embora me sentisse mergulhada naquele mistério, não o compreendi de modo a saber explicá-lo. Só o soube sentir e só no Céu o compreenderei. S (15-11-46)

Naquele momento de amor e de maravilha sem igual, senti que o mundo era outro:

Jesus dava-Se a Ele em alimento, e partia para o Céu, e com ele ficava.

Aquele amor estendeu-se a toda a humanidade. S (02-08-46)

 

Dali em diante toda aquela cena seria renovada. …

Vi tantos Judas a comerem e a beberem indignamente!

Que línguas tão sujas!

Mas mais horror ainda: mãos tão indignas a distribuírem este Pão e este Vinho!

Mãos indignas, corações cheios de demónios.

Que horror, que horror de morte!

Senti tanta dor que, de dor e de horror, parecia-me rasgar a alma e despedaçar o coração. S (12-04-45)

Alexandrina e a Eucaristia

De manhã, tinha feito a preparação para receber Jesus e chegou o meu pároco; e colocando o Suspirado da minha alma sobre a mesa, depois de acender as velas, disse-me:

Aqui tens Nosso Senhor a fazer-te companhia um bocadinho.

Vem aí o Sr. Padre Humberto e dá-to.

Logo que ele se retirou, uma força vinda não sei donde obrigou-me a levantar-me. Ajoelhei-me à frente de Jesus, inclinei-me sobre Ele. O meu rosto e o meu coração nunca tinham estado tão pertinho dele.

Que felicidade a minha gozar tão de perto da minha loucura !

Segredei-lhe muitas coisas minhas, de todos os que me eram queridos e do mundo inteiro.

Sentia-me arder naquelas chamas divinas. Jesus falou-me assim :

Ama, ama, ama, minha filha; não tenhas outra preocu-pação a não ser a de amar-Me e dar-Me almas.

Onde está Deus está tudo : há o triunfo, há a vitória !

Pedi aos anjos para virem louvar e cantar a Jesus comigo e cantei sem-pre, ate que fui obrigada pelo Sr. Padre Humberto a ir para a minha cama.

Presa e abrasada no amor divino, comunguei. S (12-10-44)

 

Que grande graça! Ele descer do Céu à Terra por meu amor!

No momento de recebê-Lo, senti impulsos de lançar-me sobre a Hóstia, abraçá-la e devorá-la. C (31-10-41)

 

Quantas vezes voava em espírito para junto da Eucaristia e Lhe dizia:

Jesus, meu Amor, estou a morrer de fome, desfalece-me a alma e o corpo!

Vinde, vinde, enchei-me e operai em mim tantas graças como se Vos recebesse sacramentado!

Nesses momentos ficava a nadar num mar de paz, mas sempre com as mesmas ânsias e fome devoradora. S (26-09-47)

devoção à Eucaristia e ao sacrário

Pus no teu coração o amor, a loucura pela Eucaristia.

É por ti, é à luz deste fogo que deixaste atear que muitas almas, guiadas por esta estrela por Mim escolhida, levadas pelo teu exemplo, se transformarão em almas ardentes, em almas verdadeiramente eucarísticas. (05-01-52)

 

 Minha filha, minha filha, pedra preciosa que adornas os vasos sagrados na minha Eucaristia!

Eu quero orações ardentes, almas eucarísticas que Me reparem e consolem nas mi-nhas prisões de amor.

Tenho tão poucos que se aproximem de Mim com a pureza e os sentimentos de que Eu sou digno!

Oh, quanto Eu sofro, minha querida esposa, minha florinha eucarística!

Tu amas-Me, tu consolas-Me, tu és toda e verdadeiramente minha.S (05-11-49)

 

Amar o meu Coração, amar-Me crucificado é bom.

Mas amar-Me nos meus sacrários, onde Me podes contemplar não com os olhos do corpo, mas com os olhos da alma e do espírito, onde estou em corpo, alma e divindade, como no Céu… escolheste o mais sublime! C (08-11-34)

 

Longe do Céu, longe de Jesus estão todos os que estão longe do sacrário.

Eu quero almas, muitas almas verdadeiramente eucarísticas.

O sacrário, o sacrário, oh, se fosse bem compreendido o sacrário!

O sacrário é a vida, o sacrário é o amor, o sacrário é a alegria e a paz.

O sacrário é lugar de dor, é lugar de ofensas, é lugar de sofrimentos: o sacrário é desprezado, o Jesus do sacrário não é compreendido! S (11-09-53)

 

Nas suas casas, seja de dia seja de noite, ajoelhem-se muitas vezes em espírito e de cabeça inclinada digam:

 

“Jesus,

Eu Vos adoro em todo o lugar onde habitais sacramentado;

Faço-Vos companhia pelos que Vos desprezam,

Amo-Vos pelos que não Vos amam;

Desagravo-Vos pelos que Vos ofendem.

Jesus, vinde ao meu coração!”

 

Estes momentos serão para Mim de grande alegria e consolação.

Que crimes se cometem contra Mim na Eucaristia!

Sou horrivelmente mais ofendido neste sacramento de amor por aquelas almas que se dizem piedosas (…) que pelos grandes pecadores.

Estes cometem grandes sacrilégios pela grande ignorância, enquanto os outros com conhecimento do mal que fazem.

Repara, minha filha; vive a vida da cruz, vive a vida da Eucaristia.

 

Minha filha, minha esposa querida, faz que Eu seja amado, consolado e reparado na minha Eucaristia.

Diz em meu nome que todos aqueles que comungarem bem, com sinceridade e humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do meu sacrário passarem uma hora de adoração e íntima união comigo, lhes prometo o Céu.

É para honrarem pela Eucaristia as minhas santas Chagas, honrando primeiro a do meu sagrado ombro tão pouco lembrada.

Quem isto fizer, quem às santas Chagas juntar as dores da minha Bendita Mãe, e em nome delas nos pedir graças, quer espirituais, quer corporais, eu lhas prometo, a não ser que sejam de prejuízo à sua alma.

No momento da morte trarei comigo minha Mãe Santíssima para defendê-lo.

 

Minha filha, sempre na cruz comigo, sempre comigo na Eucaristia.

A cruz é redenção, a Eucaristia é amor.

Quero, querida filha, que tu fales da cruz, do amor ao sofrimento, porque é dele que vem a salvação.

Fala da Eucaristia, prova do amor infinito: é o alimento das almas.

Diz às almas que Me amam que vivam unidas a Mim durante o seu trabalho.

Alexandrina comunga das Mãos de Jesus
ou das dos Anjos

— Vou dar-Me agora a ti na Eucaristia. Como prova de que és a minha verdadeira crucificada, prometo-te, minha filha, não deixar-te sexta-feira nenhuma sem Me dará ti sacramentado, ou pelas mãos dos meus discípulos, ou pelos meus anjos, ou mesmo como agora vou fazer.

Tomou Jesus em Suas Saníssimas Mãos uma hóstia e disse:

— Corpus Domini Jesu Christi: sou Eu sacramentado, sou a tua vida e teu alimento.

Pede-Me agora o que quiseres. Confias que sou Eu?

— Confio, porque confio na vossa palavra, não por me pareceres aquele Jesus cheio de luz e amor.

Jesus, peço-Vos para ser santa, como Vós o quereis, se o quereis.

Peço-Vos para amar-Vos tanto como o vosso Divino Coração deseja.

Peço-Vos para não Vos ofenderem gravemente todos os que me são queridos e me pertencem.

Peço-Vos para não Vos ofender.

Deixai-me entrar com todos no vosso Santíssimo Coração e lá viver e morrer.

Deixai-me entrar com o mundo inteiro, para que ele seja salvo. S (14-09-45)

 

— Minha filha, esposa querida, vais agora receber-Me pelas mãos do teu Anjo da Guarda. Vem ao seu lado o S. Miguel Arcanjo e o Anjo S. Gabriel; atrás deles seguem-nos uma grande multidão deles. Prepara-te; des-cem do Céu.

Só disse: «Senhor, eu não sou digna, etc.»

Vínhamos três Anjos, como disse Jesus, e pararam à minha frente. O do meio com a Sagrada Hóstia nas mãos; os dos lados alumiavam e cobriam o do meio, o que trazia Jesus, com uma umbela rica. A multidão deles não cantavam, mas de mãos levantadas, cabeças inclinadas, num profundo recolhimentos, diziam:

— Glória, glória ao nosso Deus, ao nosso Rei, ao nosso Amor!

A Ti glória, a Ti glória, Jesus, nosso Deus e Senhor!

Isto era em tom de quem reza e não de quem canta.

Inclinou-se para mim o Anjo; eu estendi-lhe a língua e ele ao dar-me Jesus não principiou pelas palavras do costume, mas sim:

«Viaticum Corporis Domini nostri Jesu Christi custodiat animam tuam in vitam aeternam.»

Desapareceram com a mesma reverência, no mesmo silêncio com que tinham aparecido em volta de mim. E toda a multidão de Anjos batia as suas asinhas brancas e pronunciavam as mesmas palavras.

Vi-os seguir: tudo era luz. Fiquei mergulhada em amor, numa intimidade com Jesus; parecia-me inseparável dele.

— Minha filha, dei-Me a em alimento, sou a tua vida. Dei-Me desta forma, para mais e melhor mostrar as minhas maravilhas e para mostrar que estou contente com os meus representantes na Terra, com a doutrina da minha Igreja.

Não podia deixar-te sem depois de tantas forças consumidas, de tanto sofreres!

Prometi-te não deixar-te sem a minha Eucaristia, às sextas-feiras, e não faltei. Recebeste-Me como viático e é verdade que és enferma e sem um milagre divino não terias resistido à dor: eras moribunda.

Jesus recomenda oração e penitência

O Coração divino de Jesus transborda de amor. Faísca para toda a Terra, para todos os corações e todas as almas as mesmas chamas, o mesmo incêndio de amor.

É Pai e Pai bondoso. Quer dar-se, dar-se e fazer que todos os seus filhos ardam nas mesmas chamas, no mesmo incêndio de amor.

Escutai, escutai a voz do misericordiosíssimo Jesus. Ele fala pelos lábios da sua vítima, da heroína deste Calvário.

Alerta, alerta, muita oração, muita penitência. Depressa, depressa!

Ai do mundo! Pobre mundo! Depressa, depressa a reconciliarem-se com Deus. Depressa, depressa, é urgente aplacar a justiça divina!

Escutai, escutai e atendei ao apelo de Jesus: venho pedir amor, venho pedir a frequência da Eucaristia. Venho pedir o rosário, a devoção pura e santa à Minha Bendita Mãe.

O meu divino Coração dá-se todo em amor. Dá-se para receber, para possuir. Quero amor, amor em todos os corações! S (23-01-53)

Magnificat
ou
Cântico de Nossa Senhora

A minha alma engrandece ao Senhor

E o meu espírito exultou em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua serva, por isso desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Porque me fez grandes coisas o Todo-Poderoso, e santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem.

Ele empregou a força do seu braço, dissipou os que eram soberbos no fundo do seu coração.

Derribou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.

Encheu de bens os famintos e fez pobres os que eram ricos.

Recebeu a Israel, seu servo, lembrando-se da sua misericórdia,

Assim como prometeu a nossos pais, a Abraão e à sua posteridade para sempre.

Glória ao Pai, etc.

Te Deum
ou
Hino de S. Ambrósio e S. Agostinho

A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.

A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.

A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;

A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos.

Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.

A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,

A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,

A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores.

A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,

Ao Vosso verdadeiro e único Filho, digno objecto das nossa a adorações,

Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.

Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!

A Vós

Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente.

Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes não Vos dedignastes de entrar no casto seio duma Virgem,

Vós, vencedor do estímulo da morte, abristes aos fiéis o Reino dos Céus,

Vós estais sentado à direita de Deus, no glorioso trono do vosso Pai.

Nós cremos e confessamos firmemente que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.

A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.

Fazei que sejamos contados na eterna glória, entre o número dos vossos Santos.

Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,

E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.

Todos os dias Vos bendizemos

E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.

Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia e sempre sem pecado.

Tende compaixão de nós, Senhor, compadecei-Vos de nós, miseráveis.

Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia, pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.

Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.

PARA QUALQUER SUGESTÃO OU INFORMAÇÃO